maior roubo criptomoeda do mundo (para agora) já é um fato. Coincheck, a principal troca Bitcoin e criptomoeda na Ásia como anunciado em seu site, perdeu $530 milhões de dólares em Cryptos. O roubo já causou muitos problemas no mercado de criptomoedas, e as consequências ainda não foram totalmente compreendidas.
Coincheck Heist destaca as vulnerabilidades na negociação de criptomoedas
Não obstante, o roubo serviu bem para esclarecer as falhas na negociação de Bitcoins e altcoins, ativos que não são regulamentados. O incidente também afeta o Japão, que planeja implementar tecnologia financeira para ajudar no crescimento econômico. The FSA (Agência de Serviços Financeiros) já encomendou melhorias para as operações da Coincheck.
Conforme relatado pela BBC, O Coincheck congelou depósitos e retiradas de todas as criptomoedas, exceto Bitcoin, uma vez que avaliou suas perdas no NEM, uma moeda menos conhecida. A plataforma de troca disse que retornaria aproximadamente 90 por cento via recursos internos, mas ainda será anunciado como ou quando.
Como o hack aconteceu? Pelo visto, as moedas NEM foram armazenadas em uma carteira quente em vez de fria, que é considerado mais seguro, pois opera em plataformas offline. Infelizmente, a bolsa não empregou um sistema de múltiplas assinaturas que serve como uma camada extra de segurança, pesquisadores dizem.
O hack destacou o plano do Japão de regular as trocas de criptomoedas. No 2017 O Japão se tornou o primeiro país a regulamentar essas plataformas em nível nacional. Este movimento foi amplamente aceito como uma mudança positiva e necessária para melhorar a inovação. A decisão também destacou as diferentes abordagens adotadas pelos países para lidar com as trocas de criptomoedas. A abordagem do Japão está em alto contraste com as repressões na Coreia do Sul e na China, Reuters disse.
A FSA anunciou que precisa confirmar se a Coincheck tem fundos suficientes para a indenização. Contudo, a FSA não tem nenhuma regra em vigor para proibir o uso de carteiras quentes. além do que, além do mais, o regulador não definiu quaisquer requisitos ou restrições sobre as quantias que podem ser mantidas em carteiras frias.
Em resposta ao pedido de melhorias da FSA, A Coincheck afirmou que está trabalhando atualmente para fortalecer a proteção do cliente e desenvolverá prontamente seus sistemas de gestão de risco.
Curiosamente, O Japão começou a exigir que as operadoras de câmbio de criptomoedas se registrassem no governo apenas em abril 2017, permitindo que operadoras pré-existentes, como a Coincheck, continuem oferecendo serviços antes do registro formal, Reuters disse.
Trocas de criptomoedas ameaçadas por vários hacks, Medidas Necessárias
As ameaças que põem em perigo as trocas de criptomoedas são várias. Houve ataques DDoS, como os vários ataques recentes contra Bitfinex.
O primeiro DdoS nesta plataforma foi registrado em 4 de dezembro, e continuou alguns dias, até 7 de dezembro. Contudo, os ataques foram restabelecidos em 12 de dezembro, quando a plataforma esteve sob ataque por horas antes de ser interrompida. A partir de agora, a empresa parece estar totalmente operacional, sem interrupções ou anormalidades. Você pode verificar o status aqui.
Claro, DDoS não é o único perigo. Houve muitos casos em que os cibercriminosos roubaram criptomoedas mantidas pelas plataformas de troca (como neste caso envolvendo Coincheck); ou coletaram dados com sucesso sobre como operam seus processos KYC de combate à lavagem de dinheiro. Tal como acontece com outras formas de crime cibernético, invasores mal-intencionados também estão tentando entrar na organização do Exchange, para obter informações sobre as pessoas que trabalham lá, para que eles possam realizar outros crimes. O que está acontecendo atualmente no mercado de criptomoedas é semelhante ao que vem acontecendo com o setor bancário há anos. Em vez de bancos, os cibercriminosos agora estão mudando sua atenção para as trocas de criptomoedas.